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domingo, 22 de junho de 2014

Sentimento que dá alma ao estádio

Sentimento que dá alma ao estádio

ARENA CASTELÃO FORTALEZA CEARA
ALEMANHA x GANA COPA DO MUNDO 2014
Em uma partida de futebol, a torcida reina. É a dona da casa, a alma do jogo

Ana Mary C. Cavalcante
anamary@opovo.com.br



O mundo, feito a bola desta imprevisível Copa brasileira, dá muitas voltas na Arena Castelão. Até chegar ao lugar marcado pelo ingresso, o olhar, o ouvir e o admirar cruzam países das Américas, da Europa e até mesmo da Ásia. Ontem, no fabuloso jogo da Alemanha contra Gana (e vice-versa), encontraram-se também mexicanos, uruguaios, norte-americanos, japoneses e uma infinidade de culturas, linguagens e abraços.































































Surgiu gente de todo canto e de todo jeito: 59.621 pessoas, exibiu o telão. Da praia de Iracema em Fortaleza na arena Fifa Fan Fest, por exemplo, vieram os reis alemães, inventando um manto com a bandeira do país e já trazendo uma taça dourada nas mãos. A eles, misturaram-se os fortes ganeses, com suas vestes de império. Em um instante único, a Arena Castelão virou um caleidoscópio multicor e multirracial.

A torcida é a alma do estádio, empresta sentimento ao lugar. Ainda que seja um sentimento muito particular, contido, como o dos alemães. Se, em campo, os jogadores de Gana guerreavam bravamente contra os gigantes da Alemanha, também a pequena torcida ganesa ganhava corpo a cada “atrevimento” do time vermelho e negro. E boa parte dos brasileiros que torciam pelo melhor se identificou com a vontade de vencer dos pequenos de Gana.

JEITO BRASILEIRO

Em uma partida de futebol, a torcida reina. É a dona da casa, não importa o lugar. Dá as ordens: “Sai do mei, juiz!”, “Se manda, macho! Corre!”. Grita como se pudesse ser ouvida pela bola. Agita-se como se pudesse mudar o rumo dos ventos. Segura o coração como se pudesse com uma nação inteira. E acredita no que poderia ter vivido. 

“Se o Müller (craque alemão) tivesse feito um gol, eu tinha mostrado minha camisa pra ele! Fiquei bem atrás do gol, pra ele ver!”, narra o cearense número 13, já na fila do ônibus para a Parangaba. 

Mas a Alemanha, seleção tricampeã do mundo não venceu o time de Gana, preocupando o garotinho camisa 10 do Brasil: “Pai, acho que foi outra zebra. Se continuar assim, eu ouvi falar que a gente tem que comer muito camarão, antes do jogo do Brasil. Pra 
dar sorte”.