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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Felipão parte para o ataque, detona críticos e volta a provocar Van Gaal - Fortaleza - Ceará

Felipão parte para o ataque, detona críticos e volta a provocar Van Gaal
 FELIPÃO EM FORTALEZA
Janela Foto: reproduções

Técnico manda ao inferno quem não gostou de sua conversa privada com jornalistas durante a semana e usa tom duro para afastar questionamentos sobre lado emocional.


Por Márcio Iannacca e Martín Fernandez
Fortaleza


Após eliminar o Chile no Mineirão, Luiz Felipe Scolari afirmou que o Brasil estava sendo "cordial demais" e prometeu retomar seu estilo "mais agressivo". Pois na véspera das quartas de final, contra o Colômbia, Felipão foi para o ataque em entrevista coletiva no Castelão, em Fortaleza.


As respostas mais duras foram contra os que criticaram o estado de nervos da seleção brasileira, e também contra os que reclamaram de uma conversa do treinador com seis jornalistas - a quem Felipão chamou de "meus amigos" - durante a semana em Teresópolis. 


 assista a coletiva click aqui 
- Vocês estão errados nas interpretações. Parem de achar que [Regina Brandão, psicóloga], só vai lá em determinada hora. Nós vamos passar, e ela vai lá de novo, no domingo ou na segunda. Está tudo planejado. Eu vejo que escrevem maldades, que alguns colegas psicólogos se aproveitam da situação.


O técnico ironizou os outros jornalistas que não foram convidados por ele para uma conversa privada na Granja Comary no início da semana.



 - Não tenho como descer para conversar com todo mundo. Tem alguns que são mais meus amigos, gosto mais, e vou fazer isso, como fazia em 2002 no Japão, sentava com 7, 8 ou 10 e conversava. Quem não foi convidado é porque quem sabe eu não goste tanto ou porque eu não queria conversar. Não pode existir ciúme de homem, pelo amor de Deus, é brabo! 


Em outro momento, Felipão afirmou que "adorou" a conversa e que gostaria de repetir a experiência depois que eliminar a Colômbia nas quartas de final - mas agora com jornalistas mulheres.


- No sábado ou no domingo estão convidadas, vão sentar comigo e dizer a perspectiva das mulheres. Sempre fiz isso. Eu vou fazer as coisas do meu jeito. Não gostou? Vai para o inferno.


Felipão durante a coletiva da seleção brasileira em Fortaleza (Foto: Globoesporte.com)


O técnico da Seleção Brasileira voltou a cutucar seu colega da Holanda, Louis Van Gaal, que na primeira fase havia afirmado que o Brasil "podia escolher o rival" das oitavas de final. Numa longa resposta sobre os jogos equilibrados da Copa, Felipão disparou:


- Cinco das oitavas de final terminaram na prorrogação ou nos pênaltis. E um deles não foi porque o time dele, do senhor que disse ter um complô para o Brasil, foi ajudado - afirmou.


Era uma clara referência ao pênalti marcado sobre Robben na partida entre México e Holanda, que venceu por 2 a 1 graças a este gol, convertido nos instantes finais da partida.


Sobrou até uma farpa para Mano Menezes, seu antecessor no cargo de técnico da seleção brasileira.


- O Thiago Silva falou para mim; "O jogo que nós empatamos, lá nos Estados Unidos…". Mas eu não joguei contra esse time! Não era eu o técnico! Lá foi 1 a 1. Eu não era o técnico, o que posso falar por mim é que gosto de ver a Colômbia, qualidade técnica, nada diferente do meu time. 



Momentos mais tarde, questionado se o Brasil mantinha a condição de favorito levantada pelo coordenador técnico Carlos Alberto Parreira antes da Copa, foi enfático:


- Continua (com a mão na taça). Os jogadores continuam com o mesmo discurso. O Parreira foi muito feliz naquelas declarações e segue tudo igual. Estamos no quinto passo. São sete. Conversei com o Paulinho, e ele me garantiu que não tem problema nenhum com pressão. Eles estão acostumados.


Praticamente todas as perguntas feitas foram interrompidas antes de serem concluídas. O treinador voltou a rebateu informações do encontro com jornalistas na Granja. Na ocasião, foi revelado o desejo do treinador de trocar um dos 23 convocados. Felipão tentou contextualizar:


- Não disse que, se pudesse, trocaria um dos 23 convocados. O que eu disse é que, neste momento, se eu pudesse acrescentar um jogador com características para mudar o time, eu faria. Se você perguntar, todos os técnicos da Copa gostariam de fazer essa mudança. Mas porque seria no quinto jogo. Se fosse no primeiro jogo não haveria esse desejo de mudança. E claro que para acrescentar uma peça eu teria que tirar outra.